quinta-feira, 14 de agosto de 2014

As Faces da Esperança

Nas águas de um rio que o tempo já levou,
Eu sei que não posso mais me banhar.
Mas nas que ainda vem eu também vou,
E não há ninguém que me possa segurar.

Só se pode recuperar o tempo perdido
Não se perdendo um só minuto mais.
Andando somente num único sentido:
O futuro! E o resto que fique para trás.

O tempo é como uma régua de ilusões,
Que a gente cria para ter uma medida
Que nos ajude a contar as estações,
Ao longo desta estrada que chamamos de vida.

Memórias podem ser registros de experiências
Que serão usadas para aprendizado.
Para alguns é o purgatório das consciências
Só para pagar o seu pecado.

Eu durmo como se todo o meu destino
Fosse uma obra que acabei de fazer,
E acordo como se fosse um menino,
Em uma vida que acabou de nascer.

Meu sono é como a necessária morte,
Que só existe para eu ser reencarnado.
Meu karma é bússola que só tem norte,
E minha vida é um calendário sem passado.

Deixo o passado para a arqueologia,
E reservo para o futuro a minha mente.
Vivo como se a vida durasse um só dia,
Mas espero que ela dure eternamente!


Nenhum comentário:

Postar um comentário